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Síndrome DRESS Resumo | Cupom: DESCONTO

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    Cupom Estratégia MED: DESCONTO Embaixador
  • 12 de mar.
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Resumo da Síndrome DRESS: causas, diagnóstico e mais!

Olá, querido doutor e doutora! A Síndrome DRESS é uma reação adversa grave a medicamentos, caracterizada por inflamação sistêmica e acometimento multiorgânico. Seu diagnóstico pode ser desafiador, exigindo avaliação clínica detalhada e exames complementares. O tratamento precoce é essencial para reduzir complicações e melhorar o prognóstico dos pacientes afetados.

Diferente de outras reações cutâneas, a DRESS pode persistir mesmo após a suspensão do medicamento, prolongando a inflamação sistêmica e aumentando o risco de complicações tardias.

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Conceito da síndrome DRESS 

A Síndrome DRESS (Drug Reaction with Eosinophilia and Systemic Symptoms) é uma reação de hipersensibilidade a medicamentos, caracterizada por um quadro inflamatório sistêmico que pode comprometer diversos órgãos. Diferente de outras reações adversas cutâneas, a DRESS se manifesta tardiamente, geralmente entre duas e oito semanas após a exposição ao fármaco desencadeante, e pode persistir por semanas ou até meses, mesmo após a suspensão do medicamento.

Como ocorre a síndrome DRESS 

Ativação imunológica e resposta inflamatória 

A síndrome é classificada como uma reação de hipersensibilidade do tipo IV tardia, mediada por linfócitos T. O fármaco envolvido pode ser metabolizado em intermediários reativos, que se ligam a proteínas do organismo e são apresentados como antígenos ao sistema imune. Isso leva à ativação de linfócitos T CD4+ e CD8+, desencadeando uma resposta inflamatória intensa e desregulada. 

Além disso, há um aumento da produção de citocinas inflamatórias, como interleucina-5 (IL-5), que favorece a proliferação de eosinófilos. Essa eosinofilia contribui para o dano tecidual em órgãos como o fígado, rins e pulmões, levando a manifestações clínicas graves.

Papel da reativação viral 

Outro aspecto importante da fisiopatologia da DRESS é a reativação de vírus latentes, principalmente os da família Herpesviridae, como o vírus Epstein-Barr (EBV), citomegalovírus (CMV) e herpesvírus humano 6 e 7 (HHV-6 e HHV-7). Essa reativação ocorre devido à disfunção da resposta imune regulatória, agravando o processo inflamatório e a lesão multiorgânica.

Epidemiologia e causas da síndrome DRESS  

Epidemiologia 

A incidência da síndrome varia entre 1 a 10 casos por 100.000 exposições a fármacos, sendo mais comum em pacientes hospitalizados e em uso prolongado de medicações. Pode afetar qualquer idade, mas ocorre com maior frequência em adultos jovens e de meia-idade, sem predileção clara por gênero. 

A taxa de mortalidade pode chegar a 10%, dependendo do grau de envolvimento sistêmico. O acometimento hepático grave é a principal causa de óbito, seguido por insuficiência renal e complicações pulmonares.

Causas 

A DRESS está associada a diversos medicamentos, principalmente aqueles que exigem metabolismo hepático complexo, resultando na formação de metabólitos reativos que estimulam uma resposta imunológica anormal. Entre os principais agentes desencadeantes, destacam-se:

  • Carbamazepina;

  • Fenitoína;

  • Lamotrigina;

  • Fenobarbital;

  • Alopurinol;

  • Sulfametoxazol-trimetoprima;

  • Minociclina;

  • Vancomicina; e

  • Beta-lactâmicos (penicilinas e cefalosporinas).

Quadro clínico da síndrome DRESS

A Síndrome DRESS apresenta um quadro clínico variado, com manifestações cutâneas e sistêmicas que podem surgir entreduas a oito semanas após a exposição ao fármacodesencadeante. Os sintomas tendem a evoluir lentamente e podem persistir por semanas ou até meses, mesmo após a suspensão do medicamento.

Manifestações cutâneas 

A pele é um dos órgãos mais acometidos, com erupções que podem variar de exantema morbiliforme a lesões mais graves. Os achados incluem: 

  • Exantema maculopapular difuso, inicialmente no tronco e que se espalha para extremidades; 

  • Descamação cutânea tardia, podendo evoluir para dermatite esfoliativa; 

  • Edema facial, que pode ser difuso ou localizado em pálpebras; e

  • Lesões purpúricas e eritematosas, podendo evoluir para necrose em casos graves.

Sintomas sistêmicos 

A inflamação desencadeada na DRESS não se limita à pele, podendo comprometer órgãos vitais. Os principais sintomas incluem: 

  • Febre persistente acima de 38°C; 

  • Linfadenopatia generalizada, com linfonodos aumentados e dolorosos; 

  • Eosinofilia e linfocitose atípica no hemograma; 

  • Hepatite medicamentosa, com elevação de transaminases e risco de insuficiência hepática; 

  • Nefrite intersticial, podendo levar à disfunção renal; 

  • Comprometimento pulmonar, com pneumonite intersticial e insuficiência respiratória; e

  • Miocardite, uma complicação rara, mas potencialmente fatal.

Diagnóstico da síndrome DRESS 

Critérios diagnósticos 

Os critérios mais utilizados para o diagnóstico incluem: 

  1. Exantema cutâneo difuso; 

  2. Febre persistente (>38°C); 

  3. Eosinofilia periférica (>1.500 células/mm³) ou presença de linfócitos atípicos; 

  4. Comprometimento de pelo menos um órgão interno (fígado, rins, pulmões, coração); 

  5. Linfadenopatia generalizada; 

  6. Latência prolongada entre a exposição ao fármaco e o início dos sintomas (2 a 8 semanas). 

Os escores RegiSCAR e J-SCAR são ferramentas auxiliares que ajudam a classificar a suspeita da síndrome em possível, provável ou definitiva, dependendo do número de critérios atendidos.

Exames complementares 

Nenhum exame isolado confirma a DRESS, mas algumas investigações laboratoriais são úteis para o diagnóstico diferencial e monitoramento da gravidade do quadro: 

  • Hemograma: eosinofilia e linfocitose atípica; 

  • Função hepática: elevação de ALT, AST e bilirrubinas; 

  • Função renal: creatinina e ureia elevadas em casos com nefrite intersticial; 

  • PCR e VHS: marcadores inflamatórios geralmente elevados; 

  • Sorologias virais: investigação de reativação do HHV-6, EBV ou CMV, que podem estar associados ao agravamento do quadro.

Diagnóstico diferencial

O diagnóstico diferencial da Síndrome DRESS inclui Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) e Necrólise Epidérmica Tóxica (NET), que apresentam descolamento cutâneo mais extenso e menor eosinofilia. Outras condições a considerar são erupções medicamentosas comuns, linfoma, mononucleose infecciosa e pustulose exantemática aguda.

Tratamento da síndrome DRESS 

Suspensão do medicamento causal 

A primeira e mais importante medida no tratamento da DRESS é a interrupção imediata do fármaco envolvido. Como a reação pode persistir por semanas após a suspensão, a identificação precoce do agente desencadeante é essencial. Caso o paciente esteja em uso de múltiplos medicamentos, a retirada deve ser feita com cautela, priorizando os mais frequentemente associados à síndrome.

Terapia de suporte 

  • Hidratação adequada para prevenir insuficiência renal e compensar perdas cutâneas; 

  • Controle da febre e do prurido com antipiréticos e anti-histamínicos; 

  • Monitoramento laboratorial frequente, incluindo hemograma, função hepática e renal.

Corticoterapia sistêmica 

Os corticosteroides são a principal opção terapêutica nos casos moderados a graves: 

  • Prednisona (0,5 a 1 mg/kg/dia) é a droga mais utilizada, com redução gradual ao longo de 6 a 12 semanas para evitar recidivas. 

  • Nos casos graves com envolvimento visceral, pode-se optar por metilprednisolona intravenosa (1 g/dia por 3 dias) antes da conversão para via oral.

Evolução

A maioria dos pacientes melhora progressivamente após a retirada do medicamento e a introdução do tratamento adequado. Entretanto, a inflamação pode persistir por semanas ou meses, com risco de recidiva caso os corticoides sejam reduzidos muito rapidamente. A taxa de mortalidade é de cerca de 2-10%.

Complicações

As complicações da Síndrome DRESS incluem falência hepática, insuficiência renal, pneumonite intersticial e miocardite, podendo levar à morte. A inflamação persistente pode desencadear doenças autoimunes tardias, como diabetes tipo 1 e tireoidite. Recidivas podem ocorrer, especialmente com a redução precoce dos corticoides.

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Referências Bibliográficas 

  1. CASTILHO RIVAS, A. C. M. B. et al. Síndrome DRESS: uma revisão do diagnóstico e do tratamento. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 6, n. 6, p. 1238-1247, 2024. 

  2. CRIADO, P. R. et al. Síndrome DRESS: uma interação entre medicamentos, vírus latentes e sistema imune. Anais Brasileiros de Dermatologia, 2024. 

  3. AL ABOUD, D. M.; NESSEL, T. A.; HAFSI, W. Cutaneous Adverse Drug Reaction. StatPearls, Treasure Island (FL): StatPearls Publishing, 2025.

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Mineiro, médico revalidando e apaixonado por Jesus.

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